Lavamos xícaras, pratos, carros e casas.
Noutro dia tivemos cartas para botar no correio, contas a pagar, levar roupas na costureira.
O jardim, puxa, como foi que esquecemos de ligar para o jardineiro e assim segue o passo: um eterno fazer.
É interessante pensar nisso, olhar a agenda do dia seguinte e em dois minutos, preenche-la. Parece que não acaba nunca. A impressão que dá é que basta pensar um pouco e, estamos lá novamente: fazendo ou planejando coisas.
E o que seria o contrário (inter...). Como reagiríamos se em determinado momento não tivéssemos coisas a fazer, compromissos a cumprir, tarefas para terminar (interrogação)
Um olhar pela janela, esperar o dia passar, passar sem perceber...O que seria de nós (inter..)
Então a vida deve ser isso: um fazer eterno ou melhor dizendo, um fazer constante. Eterno, eterno é só uma forma de falar.
O que importa é que às vezes nos cansamos de tantas tarefinhas. Resmungamos mesmo com o fato de "não parar nunca". Já virou mesmo mantra algumas frases: a gente nunca para ou tudo é sempre tão corrido. Será....
Essa dicotomia como tantas outras da vida nos serve de mola propulsora, de alavanca, de "empurrãozinho" e chega a ser saudável, pois basta para pensarmos que ...e se não fosse assim, como seria (int..)
Dá um certo frio na barriga pensar que talvez algum dia a agenda não seja preenchida; chega a ser perturbador o pensamento de ficar semanas sem compromissos a cumprir. Claro, existem as férias, quando nos libertamos do "ter que" mas, são férias e mesmo nelas, muitas vezes reservamos um tempo para quitar uma conta ou coisa que o valha e que seja sinônimo de compromisso.
A vida! Que ser misterioso.
É tudo tão bem engendrado que custa pensar que poderia ser diferente.
Creio que seja assim mesmo: enquanto há vida, há coisas a fazer. Creio que seja assim: enquanto houver movimento, haverá vida ou o contrário...
Nenhum comentário:
Postar um comentário