sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Balanço Anual

Chega final de ano e é a mesma coisa: pensamos no que fizemos e, principalmente, no que não fizemos, no que deixamos de realizar.

E são tantos os desejos não realizados, são tantas as metas que estabelecemos e não cumprimos, tantos objetivos relegados a segundo plano.

Aí, vamos fazendo uma retrospectiva dos fatos e os porquês de não termos chegado onde queríamos. Claro que botamos a culpa na falta de tempo, esse, coitado, é o nosso maior vilão, e, na maioria das vezes é mesmo. Mas, não só é ele o culpado, seríamos injustos se deixássemos carregar só tamanho fardo.

Deixamos de lado aquele regime pretendido, por falta de...vontade...quem sabe. O pedido de aumento salarial por...medo. A troca de trabalho por...insegurança, afinal, o ruim é ruim mas, pelo menos eu conheço. Dar um fim definitivo naquele namoro que não nos traz mais nada por...acomodação. Manter os amigos que não são tão amigos...por não querer arriscar.

Enfim, paramos e vimos que foram tantas as coisas deixadas para lá, na correria do ano.

Afinal, nos concentramos sempre no que não fizemos assim como tendenciamos a pensar em algo ruim que nos sucedeu no dia ou na semana e, damos pouco valor ao que aconteceu de bom.

E, aí, e o que foi feito...amigos novos que chegaram, trilhas novas que fizemos, caminhos novos que descobrimos, romances que vivimos (ok, não foi aqueelee amorr...mas, apareceu), viagens que não estavam programadas, shows que nunca tínhamos pensado em assistir, enfim, coisas que não estavam no script,

É isso, quem disse que temos apenas que nos concentrar nos “não” feitos...muito pelo contrário, temos mesmo é que prestar atenção no que não estava na programação e...aconteceu.

A isso, eu posso e quero chamar de “pequenos milagres”: algo que eu nem pensava que iria acontecer e, aconteceu.

Isso é bacana, isso é para se comemorar e agradecer. Isso é para pensar que “coisas podem acontecer a qualquer instante e não estão no nosso “poder”.

Isso eu chamo de a mão de Deus.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Momentos



E, depois de tudo, o que fazer quando se descobre apaixonada.

O que fazer quando se percebe que tem alguém que aparentemente é centro da sua atenção, tipo os anéis de saturno que gravitam ao redor do astro.

Como proceder quando a mente insiste em voltar o pensamento para “o seu astro” a todo instante. Rir, lembrando das coisas passadas juntos ou das caras e bocas feitas. Pensar várias vezes no que foi dito ou no que não foi dito, mas, pensado.

Qual o passo dar primeiro. O que dizer, não para o outro, mas, para você mesma. Como agir diante de uma situação tão inusitada: se descobrir apaixonada.

Aí, vem aquela maldita insegurança de ter sido já esquecida, substituída, não mais desejada. Afinal, a distância, o pouco conhecimento que se tem do outro são uma barreira.O racional vem em seu auxílio e diz não aos pensamentos negativos, à dúvida, ao desassossego da alma.

E a vontade de ver, rir, conversar, beijar, ficar juntos é tão grande que supera qualquer outra coisa.

São momentos vividos juntos e ao mesmo tempo a realidade diz que foi tão pouco, mas o mais importante, tão intensos. Tão simples e tão memoráveis. Tão sinceros e espontâneos.


Nestas horas não importa o quanto vai durar esta sensação de bem estar, o importante é que ela existe e faz bem mesmo.


São momentos.E, claro, se tiverem outros, melhor. Se eles perdurarem e se transformarem em outros, melhor. Tudo o que vier depois, de fato será lucro.






sexta-feira, 15 de julho de 2011

A sensatez dos insensatos

A pergunta é redundante...mas, a resposta, pode ser muitas.
Não, definitivamente eu não errei no português, muito menos é uma licença poética, eu diria que é uma conclusão óbvia, que me perdoem os muito perseguidores da perfeição...em tudo.

Mas, afinal, por que fazer tanto mistério, a verdade é uma só (absoluta): só erra quem tenta...ou seria: só acerta quem erra.

E a pergunta é: por que os homens necessariamente têm que "cantar" as mulheres...Por que a mulher não pode pedir o homem em namoro...Viu, era só uma pergunta e com várias respostas, virou o contrário.

Ok, ok, é muito legal ser cortejada, aliás, nós adoramos isso, precisamos disso, mas, em certas ocasiões parece que precisamos dar uma ajudinha extra ao ser "pretendido", mostrar para ele que nós o queremos, o desejamos.

Entretanto, nos dizem: é preciso ser feminina, não antecipar os fatos.

Estamos em pleno século 21 e ainda ouvimos isso ou se não ouvimos, fica subtendida a mensagem.

Acontece que certas vezes a pressa é maior, o desejo é maior, o querer estar junto é maior, tudo é muito maior e nós ficamos, quase na janela (ainda) esperando que o eleito venha e se declare.

Ficamos na janela: roendo as unhas, comendo chocolate, tomando sorvete...ou seja, adoecendo de ansiedade porque o eleito não reparou ou está com medo de dar o passo, o abraço.

Da próxima vez que acontecer isso com alguém (e este alguém pode ser eu mesma), vou mandar bilhetinhos sedutores, quem sabe choca menos e, na fantasia, o eleito se sinta tão cortejado que ache que está cortejando e ficará tudo bem...sem egos feridos.

Será que é sensato....

terça-feira, 5 de abril de 2011

Felicidade


" A questão da felicidade está muito ligada à capacidade de se tolerar as frustrações, as dificuldades, para poder, então, ser capaz de sentir-se bem.

A capacidade de se sentir feliz está ligada com tolerância as frustrações como o envelhecimento, a passagem do tempo.

O que torna uma pessoa feliz é confrontar-se com o resultado dos conflitos.

Autor: Luiz T. Oliveira Lima

domingo, 3 de abril de 2011

Sentimentos Controversos


Se eu fosse pintar alguns sentimentos creio que pintaria a saudade com tons pastéis.


Por que, não sei.


Talvez porque ache o tom sugestivo tal qual a palavra.


Talvez explique o fato das cores serem cálidas mas de certa forma impressionantemente desprovidas de um matiz que predomine.


Duvido de quem disser que já conseguiu definir o que se passa conosco quando a saudade toma conta da alma. É algo tão misturado: dolorido e ao mesmo tempo bom de sentir; sensação de vazio mas com uma pitada a mais, aquela gota que faz transbordar.


A verdade é que assim como saudade existem outros sentimentos que correm nas veias do coração e atropelam a gente nos deixando sem parâmetros, sem saber o que fazer ou como fazer.


A verdade é que temos que conviver com eles todos, graças a Deus não ao mesmo tempo, e driblá-los, esquecê-los, fazê-los dormir, divertí-los para não mergulhar no turbilhão de emoções que suscitam.


Desta forma eu os chamo de sentimentos controversos e, não conseguiria afirmar se são de todos bons ou maus entretanto, são apenas sentimentos.