Chega final de ano e é a mesma coisa: pensamos no que fizemos e, principalmente, no que não fizemos, no que deixamos de realizar.
E são tantos os desejos não realizados, são tantas as metas que estabelecemos e não cumprimos, tantos objetivos relegados a segundo plano.
Aí, vamos fazendo uma retrospectiva dos fatos e os porquês de não termos chegado onde queríamos. Claro que botamos a culpa na falta de tempo, esse, coitado, é o nosso maior vilão, e, na maioria das vezes é mesmo. Mas, não só é ele o culpado, seríamos injustos se deixássemos carregar só tamanho fardo.
Deixamos de lado aquele regime pretendido, por falta de...vontade...quem sabe. O pedido de aumento salarial por...medo. A troca de trabalho por...insegurança, afinal, o ruim é ruim mas, pelo menos eu conheço. Dar um fim definitivo naquele namoro que não nos traz mais nada por...acomodação. Manter os amigos que não são tão amigos...por não querer arriscar.
Enfim, paramos e vimos que foram tantas as coisas deixadas para lá, na correria do ano.
Afinal, nos concentramos sempre no que não fizemos assim como tendenciamos a pensar em algo ruim que nos sucedeu no dia ou na semana e, damos pouco valor ao que aconteceu de bom.
E, aí, e o que foi feito...amigos novos que chegaram, trilhas novas que fizemos, caminhos novos que descobrimos, romances que vivimos (ok, não foi aqueelee amorr...mas, apareceu), viagens que não estavam programadas, shows que nunca tínhamos pensado em assistir, enfim, coisas que não estavam no script,
É isso, quem disse que temos apenas que nos concentrar nos “não” feitos...muito pelo contrário, temos mesmo é que prestar atenção no que não estava na programação e...aconteceu.
A isso, eu posso e quero chamar de “pequenos milagres”: algo que eu nem pensava que iria acontecer e, aconteceu.
Isso é bacana, isso é para se comemorar e agradecer. Isso é para pensar que “coisas podem acontecer a qualquer instante e não estão no nosso “poder”.
Isso eu chamo de a mão de Deus.