Entretanto, seres humanos cheios de minúncias que somos, quando as águas estão calmas, demasiadamente calmas, tendemos a levantar âncora e partir para descobrir mares mais nervosos, intensos, que nos faça literalmente parecer vivos.
O que não entendemos é que apesar de aparentemente calmo o mar traz em si um furor e uma agitação enlouquecedora, naquele momento ele está apenas tomando um fôlego de uns breves momentos para em seguida, sem que se espere, mostre a sua verdadeira natureza.
Assim é a vida, cheia de idas e vindas, altos e baixos, silêncios e ruídos, claridades e escuridões e, acredito que a única coisa que é precioso neste momento é saber viver.
Puxa, que simples!
E aí vem a complicação de lidar com o bambolê sem que ele caia e se cair, caiu, não há problema nisso, é para isso que se vive, é para isso que estamos aqui, descobrir o que há por vir no dia seguinte.
É o mistério, esse senhor que usa uma capa transparente, que torna a vida humana exclusiva, que nos torna distintos de outros seres vivos, além de, lógico, pensar (ato altamente passivo de discussão em alguns seres humanos).
É o que há por vir e essa sucessão de diferenças que cabem dentro de um dia que torna a condição de viver em algo pleno de um sabor sem igual.
Sou mesmo da opinião que é preciso se descobrir todos os dias para saber como é viver e lidar com as instabilidades que o sol de cada manhã nos traz.
Penso também que é necessário uma dose de maturidade para andar na corda bamba, caindo vez por outra, mas, subindo de novo e continuando a caminhar.
O que pensará você...